domingo, 29 de dezembro de 2013

Desconstrução - próximos passos

Pensei em criar um blog novo, mas desisti da ideia, sou assim mesmo, diversas linhas, diversos caminhos, diversas lutas. Como a vida, não existe apenas um jeito e um caminho...

Desconstruir é destruir o que está enraizado e construir o novo. Não é reformar. É bem mais radical. E dói pra caralho "deixar de ser o que se é", sair da zona de conforto, mexer em você mesma (porque é mais fácil apontar pros outros mudarem).

Os tristes "Quadrinhos dos anos 10" - http://www.malvados.com.br/

Estou em processo de desconstrução um tanto quanto mais "agressivo" a pouco mais de dois anos, quando primeiramente resolvi abandonar a dependência da nicotina. Não só por uma questão pessoal, de saúde (claro que ela pesou muito também), mas pela incoerência, pelas palavras que ficaram sempre ecoando em meus ouvidos, do finado velhinho Diego Gimenez, pedindo que eu abandonasse o vicio, como um grupo de militantes da Guerra Civil Espanhola fizeram, também deixando a outra droga, o álcool, em prol de nossa ideologia. Afinal, nos envenenar só fortalece ainda mais o sistema não é? Demorei um bocado, praticamente 10 anos depois daquela nossa conversa Diego, mas consegui!

Vieram com isso mudanças que acompanham o processo, abandono do sedentarismo, transformações alimentares, uma consciência diferente da vida como um todo.

O próximo passo agora, é a questão da alimentação sem exploração. Não seguirei rótulos de vegetariano, vegano, nem nada do gênero... As mudanças serão lentas, graduais e sem imposição nenhuma principalmente por conta das crianças. Em outro post vou detalhar como se deu isso.

Mas o que cargas d´água seria isso? A forma como nos alimentamos, baseados no especismo (achar que uma espécie animal é superior a outra). É fechar os olhos para o impacto ambiental provocado pela pecuária de corte. Pela violência que as vacas leiteiras passam. Como me manter feliz comendo meu adorado churrasco apenas por prazer egoísta com consequências tão nefastas?



Sim, é uma merda, eu adoro comer carne, eu trabalho com comidas e grande parte do cardápio envolve o uso de cadáveres. Só que eu também adorava fumar, adorava a comodidade da vida burguesa em Sampa com todos os fins de semana em baladas da moda e passeios em exposições. Só que é tudo incoerente eu ser "feliz" quando o resto do mundo tá se fodendo. E a mudança não será dos outros, será nossa. De cada um de nós.